A HISTÓRIA DO FRANCHISING

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A HISTÓRIA DO FRANCHISING

Muitos diferem sobre quando foi o real início do sistema de franquias. De acordo com Cherto (1989), os primeiros traços da relação entre franqueado e franqueador podem ser encontrados, de forma muito sutil, durante a Idade Média, onde a Igreja Católica concedia a alguns senhores de terras autorizações para que os mesmos pudessem agir em seu nome, a fim de coletar os impostos que pertenciam à igreja.

No entanto, o franchising como modelo de negócios entre dois entes particulares, teve seu início no século XIX, nos Estados Unidos, com a empresa Singer Sewing Machine Company, que conferiu aos seus vendedores independência para comercializar seus produtos. E, posteriormente, a prática de franchising foi inserida na General Motors, para venda de veículos e na Coca-Cola Company para o engarrafamento de refrigerantes.

Foi no século XX, nos Estados Unidos, em que o sistema de franquias começou a ser utilizado como seu principal atrativo para empresas franqueadoras, para rápida expansão territorial de empresas. O início se deu com grandes empresas como General Motors e Coca-Cola, para então ampliar a outros setores do comércio, tal como a rede de supermercados Piggly Wiggly, a locadora de carros Hertz e a empresa A & W Root Beer, que tinha em seu portfólio lanches e refeições.

As redes de franquia também entraram expressivamente nos postos de gasolina na década de 30, além de outras organizações que passaram a utilizar esse modelo de negócios. O primeiro grande caso de sucesso, que podemos observar até os dias atuais, é o restaurante McDonald’s, que iniciou seu sistema de franquias no ano de 1953 e, desde então, passou a vivenciar um largo crescimento do seu negócio.

No entanto, quando tratado do termo franchising no início século XX e, ao afirmar que as empresas começaram a adotar o sistema de franquias, para Cherto (1989), deve ser ressaltado que o modelo de franquias referido não é o mesmo encontrado atualmente. São vistas as mudanças necessárias encontradas no modelo de negócios ao longo dos anos, seja pela simples atualização como também pela globalização do mundo dos negócios encontrada atualmente.

Com essa divergência de significados, podemos dar destaque a dois conceitos mais utilizados, o tradicional franchising, um modelo mais simples e bruto, que consistia apenas na venda dos produtos de um franqueador aos seus franqueados, que, por sua vez, o revendiam por um preço mais alto a fim de garantir seu lucro na operação. No referido modelo de franchising, não era exigido que os franqueadores, os quais eram inicialmente revendedores, exercessem um padrão de atendimento ou processos, uma vez que não era comum a existência de treinamentos, monitoramentos e sequer cobranças para identificar a qualidade do negócio.

Já o Business Format Franchising, conceito que começou a ser utilizado após a Segunda Guerra Mundial, se assemelha mais ao sistema atual de franquias. Nele, já é exigida uma certa padronização, onde existem regras, métodos e procedimentos a serem estritamente seguidos por partes dos franqueados, e esse conceito também introduz um sistema de remuneração similar ao exercido nos dias atuais, através de taxa de filiação de franquias e royalties, que será tratado posteriormente.

Referências: CHERTO, Marcelo. Franchising: Revolução no Marketing. 3. ed. São Paulo: Mcgraw-hill Ldta., 1989. 178 p.

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