Quem somos nós? Educadores? Quem sabe incentivadores? Gurus talvez, ou uma referência? Não sei ao certo, quem sabe mesmo sejamos apenas professores de tênis.
Dizem que educar é responsabilidade dos pais. Concordo, mas de certa forma fico um pouco angustiado com essa afirmação, pois tenho acredito que a educação da criança venha do ambiente no qual ela está inserida junto com a família, os amigos, uma boa alimentação e as oportunidades de vivenciar as oportunidades da vida, como brincar em um parque no meio da natureza ou tomar um banho de chuva no momento mais improvável. Talvez, um banho de cachoeira naquela trilha interminável seja melhor? Não… Tenho certeza que o bolinho de chuva da minha mãe às cinco da tarde de uma quinta-feira nublada e fria seria a melhor coisa do mundo!
Por que eu estou falando do bolinho de chuva da minha mãe? Não era para falar de mim como educador? Talvez aquele bolinho tenha um ingrediente especial que eu já estou identificando nesse momento, enquanto escrevo esse texto. Esse tempero especial é, simplesmente, o amor! Matei a charada! Percebi que minha mãe colocava todo o amor do mundo não só no simples bolinho de chuva, mas naquele momento de reunir a família e ver seus filhos descobrindo o mundo nas minhas papilas gustativas e de meus irmãos. Era incrível!
Hoje em dia, tenho essa percepção muita clara em minha mente.
Cada aluno que recebemos tem uma representatividade inimaginável em nossas vidas, tornando tamanha a responsabilidade que temos enquanto educadores. Um milagre acontece em cada encontro entre educador e educando. Pelo menos comigo é assim! É fantástico! É a chamada via de mão dupla.
Quem aprende mais? Educador? Aluno? Ou os dois?
Penso que os dois. Os aprendizados acontecem de forma natural e intuitiva, e recebemos muito amor das crianças, beijos, abraços efusivos (o “abraço de urso”), um olhar, uma lembrança, aquela florzinha que a criança achou no mato e te ofereceu de coração. Tudo, no fim das contas, é válido. Isso não tem preço, porque sabemos que foi do fundo da alma aquilo que só as crianças podem oferecer. Há muitos prazeres inestimáveis na vida e, talvez, as recompensas de se trabalhar com crianças seja um deles. Ajudar uma pessoa com dificuldade, repartir um lanche, escutar um idoso, desejar “bom dia”, enfim, a riqueza está nos pequenos gestos.
Talvez, a maior essência realmente estivesse naquele bolinho de chuva, pois todas as coisas feitas com amor são sublimes ou simplesmente é o amor, aquela via de mão dupla, em que você dá e também recebe. Essa é a minha profissão!
Mas quem somos nós? Você pode me dizer agora.
Eu? Eu sou educador.
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